O que tá acontecendo com o Homem contemporâneo?

A resposta imediata a está pergunta é nada que já não se repita ao longo da história da maioria das organizações sociais do Ocidente.

Aqui é precisa recorre ao já batido e magoado conceito de estrutura de Levi-Strauss e Lacan. As estruturas são autônomas, dialogam entre si à revelia da vontade dos sujeitos. E como diria Machado de Assis em ” Cônego e metafísica dos estilos”: As palavras fazem sexo. Sim os significantes fazem sexo e gozam dos significados pueris de suas metáforas e metonímias.

 Documentário: The Red Pill A Pilula Vermelha

Voltemos ao RedPill.

A que se dizer que a relação entre estrutura e Conjuntura é sua historicidade. A figura Medonha do Redpill é conjuntura. A organização patriarcal da sociedade é o puro suco de uma estrutura as vias de uma falência sempre postergada.

Veja o caso dos Homens Sigmas identificados como Thomas Shelbys da vida “Real”. Como diria Alain Badiou vivemos em um mundo apaixonado pela “Real” as voltas tensa com a realidade.

Me explico.

Em Matrix ( 1999) ao ver o mundo devastado Morpheus alerta a Neo ” Bem vindo ao deserto do Real”.

O problema é nunca houve uma realidade que não fosse aquela. O RedPill e o Sigma não acordam para de um mundo devastado. Seu placebo leva-os para o universo mítico do dorminador onde a exploração masculina é justificada por uma fantasia de realidade para lidar com o Real. Ele não é o Alfa e o Ômega. Hoje ele é a própria montagem estrutural que se apresenta como imposição violenta de uma Realidade que não se sustenta em si.

Ressentimento?

A investigação sobre o ressentimento nos leva ao Recalcado Retornado em forma de violência. Mas, mais importante é que é da condição do sujeito tal retorno.

O que muda então?

A sociedade contemporânea alimenta essa ” anacronia” existencial criando formas para que as estruturas de opressão de sexo e gênero se reproduzam assimilando a conjuntura contemporânea e se apresentando como essa ” Pororoca de Chorume” sexista e conservadora…

Maneu Messias

Maneu Messias. Psicólogo, psicanalista, músico, apaixonado por neurociências e ciências em geral. Doutor em Psicologia. Professor universitário desde 2016. Amante de cinema, games, séries e culturapop. Ainda desejando fazer faculdade de artes visuais e economia. Fortemente chegado em esportes radicais como escalada e paraquedismo e qualquer outra coisa que a minha ansiedade diga pra fazer. Co-Host do podcast Perdidos na paralaxe.